quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Rumarias!

Rumarias

Foram poucas as oportunidades que tive de fazer rumarias com os meus caros amigos de Guimarães a quem trato como irmãos, irmãos que a bancada me trouxe e que aqui e ali têm vindo a ser grandes amizades.

Viajei com os mesmos desde Guimarães até ao Porto e de Guimarães até Braga e fiz uma deslocação de carro até Paços de Ferreira, foram estas as minhas 3 deslocações desde o Berço, mas fiz muitas desde Lisboa até Guimarães, Tondela, Coimbra, andei um pouco por todo o país atrás do Vitória, faltando-me ir a Portimão ou Olhão, onde parece que para a próxima época poderei tornar esse sonho, realidade.

Dentro de todas as rumarias, a viagem num autocarro não é fácil, as bebedeiras, o ir constantemente sentado, os apertos para que coubesse um e mais outro é sempre complicado para quem as faz e honro cada um dos que acompanha o Vitória a toda a parte como sendo os Vitorianos de gema, aqueles que não abandonam, que lá estão sempre.

Relembra-me bem uma das rumarias ao Porto em que as camionetas iam lotadas, “aquelas gentes” como diz Carlos Daniel no mítico vídeo dos adeptos vitorianos e vimaranenses iam a cantar e pouco era o espaço que havia dentro do autocarro.
As vozes não paravam de cantar, os vidros não paravam de bater, o sentimento crescia quilómetro após quilómetro e esse sentimento explodia aos meus olhos com uma emoção de conforto por me sentir privilegiado de ser de tão longe e ser tão bem recebido por eles, sendo que os mesmos já mo disseram por várias vezes que “és um de nós”.

Em conversa com um casal, contavam-me o amor pelo clube e a mística que é transmitida da bancada para o campo e o que sentem ao ver o Vitória jogar, nada que já não soubesse é verdade, contudo, as palavras daquele casal foram relatadas com um amor único como qualquer um vitoriano fala sobre o Vitória e o que sente ao ver o nosso Vitória.


Após o jogo acabar (jogo que o Vitória perdeu por 3-0), voltamos a Guimarães e retomamos o regresso a casa eu e mais um colega (isto a um domingo à noite, sabendo que na Segunda íamos cada um à sua rotina, trabalhar, levantando cedo) e acabei por fazer uma direta nessa noite.

A emoção de uma romaria é levada com um sentimento de amor pelo Vitória, porque sem o Vitória não seria a mesma coisa e tenho a certeza que se os jogadores no campo fizessem uma das nossas rumarias, estou certo que fariam de tudo por levar cada bola de vencida como se da última se tratasse.
Não que não o façam, porque têm-se esforçado mas a verdade é que a própria música que diz “Onde eu estava quando foste para a segunda? A apoiar-te como sempre na bancada” ou a outra parte que diz “Não aguento quando te vejo jogar, porque eu sei que dói, mas eu sei que é lindo” é retratada em cada rumaria feita por estes fiéis que não deitam a toalha ao chão e recusam-se a ser controlados pela maioria, como todos os outros.

Quem fizer uma rumaria com estes adeptos do Vitória e junto dos Vitorianos vai perceber depois o que quis dizer com este texto, Domingo eles vêm novamente por aí a baixo rumo ao Restelo em mais uma rumaria e felizmente cada vez somos mais a faze-la, e que onde estou certo o Vitória quer dar continuidade ao bom Campeonato que está a fazer, é que há que ganhar urgentemente, o Marítimo está ali perto e os outros não estão assim tão distantes e olhar para cima, porque ainda é possível alcançar pelo menos duas equipas!

Membro FS.

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